1) Cães de Companhia
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1) Cães de Companhia


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  • Adestrador de Cachorro
  • Baba de Cachorro
 
 
 
 
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Mercado pet é cada vez mais procurado por empreendedores



Atendimento humanizado de animais é destaque nos novos serviços. No ano passado, setor faturou R$ 14,2 bilhões, um crescimento de 16,4%

Eduardo Conrado - Setor Empresarial  Atualizada às 



A mudança de estilo de vida, o aumento da renda per capita brasileira e a consciência de que se consumir produtos naturais contribui com a qualidade de vida, muda o perfil do consumidor pet e traz mais um novo desafio para o mercado no próximo ano.

 

 

O setor pet mais uma vez desfruta de saldo positivo ao final do ano de 2011. Segundo estimativas da Associação Nacional dos Fabricantes de Alimentos para Animais de Estimação (Anfalpet), o mercado faturou 13% mais que no ano de 2010. Isso significa um lucro de R$ 12.439 bilhões. Desse faturamento total, o segmento pet food representa por volta de 66%, o que corresponde a aproximadamente R$ 8.209 bilhões.

 

 

Em volume de produção, o segmento de pet food deve fechar o ano de 2011 com 1,98 milhões de toneladas e com crescimento de 6% em relação a 2010. "Esse crescimento de 13% no faturamento deve-se ao fato de que as matérias dos alimentos são commodities (milho, soja, arroz, carne, trigo, etc.) e cresceram acima de 20% neste ano", declara José Edson Galvão de França, diretor da Anfalpet.

 

 

França acredita que, se houver uma acomodação dos preços das principais matérias-primas dos alimentos pet, o setor deve ter um crescimento abaixo ao de 2011. "Caso sejam mantidos os preços das principais matérias-primas dos alimentos, o setor de produtos para animais de estimação deve ficar abaixo dos 10% em 2012. No entanto, o volume de produção de alimentos deve chegar apenas a 6% de crescimento. O mercado acomodou-se em volume, ou seja, o crescimento do faturamento não reflete o crescimento do mercado", explica o executivo.

 

 

Em um cenário de crise econômica mundial e de gastos mais contidos, o mercado pet se destaca a cada ano, se tornando cada vez mais lucrativo. O último estudo que considerou o número de pets shops, feito em 2005 pelo Sebrae-SP (Sistema Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo), apontava a existência de cinco mil lojas somente em São Paulo e oito mil em todo o país. Atualmente, as estimativas da indústria apontam que o Brasil possui aproximadamente 30 mil pontos de venda.

 

 

Os números evidenciam o sucesso do setor que promete muito mais. Para 2012, a Anfalpet prevê que o segmento permanecerá com o crescimento de 13%. "Espera-se que em 2012 seja mantido o crescimento de 13% no faturamento no mercado pet e um crescimento por volta de 6% para o volume de produção de pet food", estima França.

 

 

Já em relação à tendência para o próximo ano, não poderia ser outra se não os produtos voltados para as linhas mais naturais. Segundo o diretor da Anfalpet, esse perfil do mercado é fruto da alteração do estilo de vida da população brasileira e também mundial. "Os animais de estimação passaram a ser tratados como membros da família e com isso ocorreu esta alteração no comportamento e um maior cuidado na seleção dos alimentos", explica.

 

 

França acredita que as pessoas estão percebendo cada vez mais a importância e os benefícios da relação entre os seres humanos e os animais de estimação, tornando-se os principais fatores que fazem deste setor um dos mais lucrativos e promissores atualmente no país. Somado a essa mudança de comportamento, também deve-se considerar ainda o crescimento do mercado e o aumento da renda per capita brasileira que, de acordo com os dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) no começo de 2011, ultrapassou os US$ 10 mil em 2010.

 

 

Além da longevidade e do estilo solitário das pessoas das grandes cidades. "Casais com filhos crianças passam a ter animais em função da exigência dos filhos e a partir daí tratam o animal como filho. Casais com filhos adolescentes, quando estes passam a ter outros interesses, acabam assumindo o animal dando-lhe tratamento humano ou mantém o animal até o seu final de vida. Casais sem filhos ou filhos adultos residentes com os pais com idade até 60 anos têm o mesmo comportamento anterior. Casais com mais de 60 anos costumam substituir os filhos pelos animais", define França.

 

 

Para atender esse consumidor, que está cada vez mais exigente, antenado com a tecnologia e à necessidade de preservar o meio ambiente, assim como melhorar a sua qualidade de vida, os fabricantes de produtos pet precisam cada dia mais fazer o mercado girar, evoluir e crescer, sem perder a qualidade. "Com essa mudança de comportamento, cria-se o desafio de desenvolver e produzir alimentos para animais de estimação com cuidados de alimentos para nós humanos e mais barato, e a lançar produtos para os novos nichos de mercado com a velocidade adequada. Além, é claro, de absorver a população de animais que ainda se alimenta com sobras de mesa", conclui França.

 

 

 

Divulgação
A babá de cães Adriane Silveira e a cadela Allegra

 

 

Em 2011, Adriane Silveira, de São Paulo, largou a rotina de escritório para montar a empresa NannyDog. “De profissional de RH na área de tecnologia, virei babá de cães”, conta, sem arrependimento. Após ter suado a camisa para encontrar alguém para cuidar de seus dois cães, durante uma viagem, Adriane percebeu que havia um nicho de mercado desatendido. Já formada em veterinária, voltou da Austrália com uma ideia na cabeça: oferecer serviços de baby sitter para pets, bem difundidos naquele país.

“Em uma semana, montei um site e, dois dias depois, o primeiro cliente me ligou pedindo ajuda com um filhote com dificuldade de se adaptar ao lar”, relata. Hoje, aos 39 anos, ela customizou o atendimento na casa do cliente. “Passeio, escovo os pelos, troco a água e dou remédio, conforme a necessidade”.

Donos de cães também podem evitar o stress de clínicas veterinárias com o serviço de home care da NannyDog . “Profissionais de diferentes especialidades, como fisioterapia e oncologia, atendem o animal no conforto do lar”. Esses profissionais são prestadores de serviço e chamados pela empreendedora de acordo com a demanda. Com seis pessoas na equipe, Adriane atende pessoalmente a uma média de seis clientes por dia.

Como a babá de cães, uma série de profissionais autônomos e empreendedores ganhou espaço no mercado pet nos últimos anos. Em 2012, 224.570 empregos diretos surgiram no setor; 200 mil deles em serviços e comércio, segundo o balanço divulgado nesta quinta-feira (28) pela Abinpet (Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação).

“A expansão da classe C e seu maior poder aquisitivo impulsionaram os serviços pet, que representam 16,2% do mercado nacional, de um universo que inclui alimentação, veterinária, e criadouros”, afirma o presidente executivo da entidade, José Edson Galvão de Franca.

Com 37,1 milhões de cães e 21,3 milhões de gatos (população estimada), o setor no Brasil faturou R$ 14,2 bilhões no ano passado, um crescimento de 16,4%. O país ocupa o segundo lugar no mercado mundial, atrás apenas dos EUA, com 8% de participação, segundo a Abinpet.

DOG WALKER

O passeador Bruno Viale, que fez cursos de adestramento, leva uma média de oito cães por dia para caminhar, por 45 minutos. A tabela de preços varia com a quantidade de passeios semanais: uma vez por semana, custa R$ 50. Cinco vezes por semana, o passeio sai por R$ 25 o dia.

“Só trabalho com um ou dois cães por vez, para dar a atenção devida ao animal”, explica Bruno. O programa de caminhada e o ritmo também variam conforme a idade e condição de saúde do animal. Segundo o passeador, nem é preciso fazer propaganda do serviço. “Os clientes me procuram pela internet ou pedem indicação de conhecidos”.

SAÚDE HUMANIZADA

A medicina veterinária também avança com atendimento vip a quem estiver disposto a pagar. No hospital veterinário Sena Madureira, na Zona Sul de São Paulo, o proprietário pode ficar “internado” com seu pet por R$ 950 a diária. “Oferecemos um quarto de hotel, com serviços, frigobar, TV a cabo e suporte psicológico ao familiar”, conta o diretor clínico do hospital, Mario Marcondes.

Nos casos mais graves, por R$ 1.950 por dia, o animal tem direito a uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva) humanizada, com equipamentos de última geração, como ventilação controlada e pulmão artificial, além de veterinário exclusivo. Na UTI comum, a diária é de R$ 580. Também há sala de espera da UTI, onde os donos aguardam notícias em puffs iluminados em azul, com efeito calmante, e aroma de capim cidreira, para aliviar o stress.